Rúbricas

O poder terapêutico dos automóveis

Estive ligado durante anos à imprensa automóvel através deste site, o que me permitiu ensaiar centenas de automóveis. Na minha mente ficaram alguns que são um verdadeiro sonho de consumo para qualquer apaixonado por estas “latas com 4 rodas”. Sabemos que há automóveis muito especiais mas, terão os automóveis em geral uma espécie de poder terapêutico? Não me consigo basear na ciência mas sei que, para qualquer amante de motores, estes veículos têm sem dúvida um poder terapêutico.

Ao nível do prazer de condução, o primeiro que me vem à cabeça é mesmo o Caterham Seven 275S, depois lembro-me de alguns “colossos” como o Alfa Romeo Giulia Quadrifoglio, Alpine A110, Alfa Romeo 4C, Ford Mustang e ainda alguns hot hatches como o Honda Civic Type R, Megane R.S Trophy, ou Hyundai i30N. O Mazda MX-5 e o FIAT 124 não podiam deixar de estar presentes nestas boas memórias. Mas não são precisos automóveis especiais para usufruirmos da sua terapia e conforto.

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Quando está frio na rua podemos imaginar chegar a casa, sentarmo-nos à lareira com uma chávena de chá quente nas mãos. Esta pode ser a primeira imagem de conforto mas… E quando estamos cheios de frio e entramos dentro de um automóvel com o aquecimento ou os bancos aquecidos ligados? Não é verdadeiramente aconchegante? Parece que se torna uma espécie de porto seguro, aquele quentinho de verão num dia frio de inverno. E quando está muito calor e ligamos o ar-condicionado? É verdade… Os automóveis são, muitas vezes, um momento de descontração e conforto, estão lá quando mais precisamos.

Por vezes acordamos sem energia e é aquela música que ouvimos no rádio do carro de manhã que nos faz “arrebitar”. Conduzir enquanto ouvimos as “nossas baladas” é o aconchego da alma. E tudo que mencionei até aqui são coisas que conseguimos encontrar em automóveis dos mais simples. Um simples Daewoo Matiz proporciona estes confortos e a liberdade de nos deslocarmos para onde queremos. São os automóveis que nos levam aos nossos locais favoritos, aos amigos, à família, ao médico ou às nossas maiores conquistas pessoais e profissionais. São parte inseparável do nosso dia a dia.

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Mas, para nós, amantes de automóveis, estes objetos sem alma são de uma importância inigualável. Além de nos aconchegarem do frio e de nos levarem a todo o lado, são o nosso escape para os melhores e os piores dias. Os sorrisos tornam-se mais especiais e o choro torna-se menos solitário. É como se o ruído dos motores, o ressoar dos escapes fossem os maiores conselheiros. É como se toda aquela mecânica mitigasse toda a mágoa existente dentro do nosso ser. Tornam os momentos bons ainda melhores e os momentos maus menos maus. Quando conduzimos, passamos a sentir que há coisas que ainda fazem sentido.

Conduzir é pensar com maior clareza, é sentir as melhores sensações, é ter terapia com um médico de metal cuja receita é sempre a mesma: pôr gasolina e ir conduzir. O aconchego da alma de um amante de automóveis é sentir as sensações proporcionadas por um automóvel em todos os momentos da vida. Encarar cada curva e reta com sentimento e com a esperança de chegar à felicidade, é a terapia que nos faz encarar todos os momentos da vida com maior leveza.

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Os automóveis tiveram, têm e vão ter sempre muito significado para quem sempre sonhou acordado com a próxima curva.

Fotos: José da Palma e Raul Martires

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